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A busca por emprego em Portugal

  • Foto do escritor: fizasmalas
    fizasmalas
  • 13 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Hoje resolvi escrever sobre como foi a busca pelo primeiro emprego aqui em Portugal.


Como já contei em posts anteriores, houve uma certa demora para finalizar todo o processo burocrático de documentação aqui.


Assim, apesar de enviar alguns currículos antes do meu cartão de residência chegar, eu só comecei realmente a procurar emprego regularmente após ter o documento em mãos. Ou seja, entre novembro de 2018 e fevereiro de 2019 eu fiquei meio parada, a espera da minha residência. Eu sabia que seria muito mais difícil conseguir um emprego sem ela e, embora dissesse nas minhas candidaturas que era esposa de cidadão da UE e em breve teria o cartão de residência, não recebi respostas aos poucos currículos que enviei.


Assim, em fevereiro, já com o cartão de residência em mãos, passei a enviar mais currículos tanto pessoalmente quanto pela internet. Primeiramente foquei em estabelecimentos voltados ao turismo (hotéis e agências de viagens) e depois passei a enviar para outras vagas. Moro em cidade pequena e gostaria de trabalhar por aqui, assim não precisava me preocupar com transportes ou em comprar um carro.


Recebi algumas ligações e fiz algumas entrevistas no centro comercial aqui da minha cidade. Porém, deparei-me com mais um problema: eu não estava inscrita na Segurança Social (equivalente ao nosso INSS) e, portanto, não tinha o número da segurança social ainda.


Apesar de ter visto algumas pessoas conseguirem esse número apenas por terem o cartão de residência, de acordo com a segurança social, apenas ao conseguir um contrato de trabalho eu ou o empregador poderia pedir a minha inscrição. Porém, os empregadores exigiam o número da segurança social para dar o contrato. Isso até faz sentido, uma vez que para o empregador é mais simples contratar alguém que já esteja inscrito ao invés de ter que enviar solicitação para que a pessoa seja inscrita na segurança social.


Perdi assim 3 oportunidades de emprego, uma em uma loja, outra no cinema e a última em um hotel 4* da região. Somente um restaurante estava disposto a me contratar sem o número, porém ofereciam apenas uma folga semanal (e não era no fim de semana) e por isso escolhi continuar procurando mais um pouco.


Um outro hotel para o qual enviei currículo e fiz entrevista me ligou a dizer que não tinham vaga na recepção no momento mas ofereceram-me uma vaga no housekeeping. Aceitei trabalhar um dia para ver se me adaptaria. Pensei em tentar por um tempo e quem sabe conseguir trocar de área dentro da mesma empresa. Porém, depois do dia de teste, tanto eu quanto a gerente concordamos que eu não possuía o perfil para esse tipo de trabalho. Ela ficou de me ligar caso aparecesse uma vaga em outra área do hotel.


Resolvi então fazer o que muitos brasileiros fazem para obter o número da segurança social: Cadastrei-me como trabalhadora independente (autônoma).


Depois de duas semanas, telefonei à Segurança Social e obtive meu número. Ufa, estava finalmente com todos os documentos em mãos! Assim que consegui esse número, telefonei para o hotel 4* onde havia feito entrevista para trabalhar no restaurante do hotel e disse-lhes que já estava cadastrada na segurança social e perguntei se a vaga ainda estava em aberto. Ficaram de me dar uma resposta.


Nesse meio tempo, recebi uma ligação do outro hotel onde havia feito o teste para o housekeeping. Ofereceram-me uma nova vaga na recepção.


Logo após combinar de ir ao segundo hotel conversar sobre a contratação, recebi a confirmação do hotel 4* de que a vaga ainda estava disponível e me chamaram para trabalhar.


Tive que escolher entre a vaga no restaurante de um hotel 4* e a vaga na recepção de um hotel 2*.


Como havia simpatizado com a equipa e vi mais chances de crescimento no hotel 4*, aceitei a vaga no restaurante. Estou lá há pouco mais de um ano. Moro muito perto do trabalho, tenho 2 folgas semanais e pelo menos 1 fim de semana de folga por mês.


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