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Morar fora não é só alegria

  • Foto do escritor: fizasmalas
    fizasmalas
  • 19 de dez. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 16 de abr. de 2021

​Imigrar e ir morar em um país de “primeiro mundo” pode parecer um sonho pra muita gente, a solução de todos os problemas. Mas, como tudo na vida, tem seu lado positivo e seu lado negativo. Vim aqui falar do que eu acho mais difícil nessa vida de imigrante.


Sou da opinião de que todo mundo que tem oportunidade deveria fazer um intercâmbio pelo menos uma vez na vida. Estudar, trabalhar, viver em outro país trás uma série de aprendizados e faz com que as pessoas abram sua mente e vivam novas experiências. Acredito até que seja capaz de deixar as pessoas mais tolerantes.

Porém, sair do seu país numa decisão de longo termo, sem uma passagem de volta e sem a pretensão de retornar é um pouco diferente.

E as dificuldades vem pra todo mundo.


Se já vamos com visto, temos que encontrar um lugar pra morar. Se vamos sem visto, temos que correr atrás da legalização. Nos primeiros meses pode ser necessário enfrentar uma recolocação no mercado de trabalho ou a solidão por ainda não conhecer ninguém no novo local. E, conforme os meses passam, vamos perdendo comemorações de natal, aniversários, nascimentos, mortes etc.


Aliás, o natal está chegando e eu gostaria muuuuito de passar essa data no Brasil. Já vão fazer 5 anos que não estou la para o natal.


O relacionamento com a família e com os amigos muda. Podemos nos sentir, ao mesmo tempo, mais próximos por estarmos sempre contando as novidades e abusando das tecnologias e mais distantes por não podermos realmente vê-los e abraçá-los.


É preciso estar preparado para enfrentar poblemas diários sem o mesmo suporte que teríamos no nosso próprio país. Se enfrentamos desemprego, não temos pra quem pedir indicação. Se por algum motivo não pudermos arcar com o aluguel, não temos casa de pai e mãe pra correr. Se decidimos ter filhos, eles crescerão sem ter o mesmo contato com os avós, tios e demais familiares.


Tudo isso pesa de maneira diferente pra cada pessoa. Conheço gente que não consegue ficar longe da família e gente que não tem nenhum problema com isso.


De qualquer forma, se você leitor tem a intenção de imigrar, eu aconselho a fazer aquela velha listinha de prós e contras. Ou então, vai la e tenta. Se nada der certo, o Brasil não terá saído do lugar, não é mesmo?


A única coisa que eu jamais aconselharia seria vender tudo o que tem no Brasil para seguir esse sonho. É preciso antes de tudo ter os pés no chão e estar preparado para se frustrar e até mesmo ter que retornar ao país de origem.

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